
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos foi diagnosticado com doença venosa crônica. A insuficiência venosa crônica é uma condição em que as veias das pernas têm dificuldade de realizar sua principal função: trazer o sangue de volta ao coração. Isso acontece principalmente quando as válvulas dentro das veias que funcionam como pequenas ‘portas’ que evitam o refluxo do sangue começam a falhar.
“Como resultado, o sangue se acumula nas pernas, gerando pressão, dilatação das veias (varizes) e sintomas como inchaço, dor, sensação de peso e até alterações na pele, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).
De acordo com a médica, essa é uma condição progressiva, mas que pode ser controlada e tratada com orientação adequada. Abaixo, a médica explica tudo sobre o problema:
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Por que essa condição acontece?
A condição acontece principalmente por falhas no sistema valvular das veias ou por obstruções que dificultam o retorno do sangue. O mais comum é que as válvulas venosas percam sua função com o tempo, por questões genéticas ou por fatores externos como obesidade, sedentarismo, gestações múltiplas, longos períodos em pé ou sentado e devido ao próprio envelhecimento do sistema vascular.
Outra possibilidade, de acordo com a Dra. Aline Lamaita, é o comprometimento das veias por tromboses anteriores, que deixam sequelas no sistema venoso, o que é chamado de síndrome pós-trombótica. “O problema é que, com o tempo, essa falha no retorno venoso aumenta a pressão dentro das veias das pernas, levando a uma sobrecarga circulatória”, explica a médica.
Quais são os principais sintomas do problema?
Os sintomas variam de acordo com a gravidade do quadro, mas os mais comuns incluem::
- sensação de peso nas pernas
- inchaço ao final do dia
- dor
- câimbras noturnas
- veias dilatadas visíveis (as famosas varizes)
- escurecimento da pele na região dos tornozelos (dermatite ocre)
- feridas crônicas chamadas úlceras venosas (em casos avançados)
Muitas vezes, os sintomas pioram com o calor ou após longos períodos em pé, e melhoram ao elevar as pernas ou ao caminhar.
A gravidade do problema aparece de acordo com o grau de comprometimento do sistema venoso e de acordo com os hábitos de vida da pessoa. “Por isso podemos ter pessoas com quadros graves e poucas queixas assim como pacientes com poucas alterações, mas muito sintomáticas”, alerta.
O que causa a insuficiência venosa crônica?
A principal causa é uma alteração no funcionamento das válvulas dentro das veias, que leva ao refluxo e ao acúmulo de sangue nas pernas. Isso pode ocorrer por predisposição genética, idade avançada, múltiplas gestações, excesso de peso, sedentarismo e por hábitos profissionais, como ficar muitas horas em pé ou sentado.
Além disso, pessoas que já tiveram trombose venosa também têm maior risco de desenvolver essa condição como uma complicação tardia.
De forma geral, a insuficiência venosa crônica é classificada em três tipos principais: primária, secundária e funcional.
A primária é a mais comum, de origem genética e está relacionada à fraqueza das paredes e válvulas das veias. Comumente conhecida com varizes, essa causa atinge cerca de 30 a 40% da população geral, mais frequente no sexo feminino, mas aumenta sua incidência com a idade, podendo chegar a 80% nos idosos.
A causa secundária surge como consequência de outras doenças como trombose ou traumas vasculares, sendo a trombose venosa profunda a mais comum nesse grupo, que pode deixar sequelas nas veias após seu tratamento. E na causa funcional, não existe um problema real na circulação propriamente dita, mas há uma sobrecarga do sistema por outras razões.
Pode estar relacionada a fatores como obesidade, sedentarismo (pouca bomba muscular), sobrecarga postural, gestação, insuficiência cardíaca, alterações da tireoide que podem causar sobrecarga nas veias e se manifestar como inchaço e dor. “Se a causa afeta uma pessoa que já tem uma causa primária, isso exacerba e acelera a doença”, completa a médica.
Como diagnosticar?
O diagnóstico começa com uma boa avaliação clínica, quando o médico analisa os sintomas, o histórico familiar e o exame físico das pernas. Mas a confirmação é feita com o exame de ultrassonografia com Doppler venoso, que permite visualizar em tempo real o fluxo sanguíneo nas veias, avaliar se há refluxo, obstrução ou sinais de trombose anterior. É um exame não invasivo, indolor e extremamente importante para orientar o tratamento de forma precisa.
Em casos mais avançados ou com suspeitas específicas, outros exames podem ser indicados, mas o ultrassom Doppler é o padrão ouro no diagnóstico. No caso da causa funcional, o diagnóstico será clínico, pois muitas vezes o Doppler pode vir normal, e outros exames complementares podem ser solicitados para ajudar a controlar melhor o quadro.
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